O Polo Industrial de Camaçari está completando 42 anos sendo responsável por R$ 1 em cada R$ 5 em riquezas produzidas pela indústria baiana. De lá saem quase 30% de tudo o que a Bahia exporta e aproximadamente 10% da arrecadação estadual. Mas além do papel econômico, o maior complexo industrial da América Latina vem cumprindo uma missão imprescindível no combate ao avanço da pandemia do novo coronavírus.
De lá saem produtos fundamentais para produção de medicamentos, materiais de higiene, embalagens para medicamentos, entre outros produtos, no momento em que o fechamento de fronteiras escancarou a importância de uma indústria nacional forte. Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari, destaca a importância do complexo “Algumas empresas saíram ao longo dos anos, mas outras chegaram. Se olhar o Polo de Camaçari como um todo, ele cresceu. É um processo que não se repete quando se compara a situação com outras áreas industrias. Não estou falando da Bahia, mas de um processo que se verifica no Brasil”, destaca.
Ele lembra que o Polo de Camaçari se manteve pujante, mesmo diante de um cenário desfavorável para o conjunto da indústria brasileira. Para Mauro Pereira, o momento atual é bastante propício para discutir a importância do setor para o país. “Neste momento, em que o mundo inteiro busca toda a parte de fármacos, remédios de modo geral, nos deparamos com um grau muito elevado de dependência externa. Até os princípios ativos, em muitos casos vem de fora”, lembra. “Não dá para aceitar um grau de dependência tão grande”, diz. Ele lembra que a crise do coronavírus tem feio inclusive que nações evitem determinadas rotas.(Correio)
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