O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou a prisão temporária da extremista Sara Giromini por mais cinco dias. A líder do grupo bolsonarista ‘300 do Brasil – que já foi classificado pelo Ministério Público do Distrito Federal como milícia armada – foi detida pela Polícia Federal na segunda-feira, 15, no âmbito do inquérito sobre a organização e financiamento de atos antidemocráticos.
O pedido de prisão de Sara foi feito pelo vice-procurador-geral da República Procuradoria-Geral da República Humberto Jacques de Medeiros e enviado ao gabinete de Alexandre na sexta feira, 12. Humberto Jacques pediu ainda a prisão temporária de outras cinco lideranças do ‘300 do Brasil’.
Segundo a PGR, há indícios ‘de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional’. O objetivo das prisões temporárias ‘é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso’, diz o Ministério Público Federal.
No dia seguinte à detenção, 16, Sara foi denunciada pelo Ministério Público Federal pelos crimes de injúria e ameaça, ‘praticados de forma continuada’, contra Alexandre de Moraes. Ela, que foi alvo de buscas no inquérito das fake news, xingou e fez uma série de ameaças contra o ministro, chamando-o para ‘trocar socos’. Além disso, prometeu perseguir e ‘infernizar’ a vida do ministro, responsável por determinar a ação da PF.