Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil do governo da Bahia, confessou hoje que cometeu um erro ao comprar R$48 milhões em respiradores que nunca foram entregues pelo consórcio do nordeste. Segundo Dauster ele não verificou os contratos assinados se teria alguma clausula de seguro caso os equipamentos não fossem entregues.
A declaração foi dada em entrevista a Rede Bahia, hoje. Segundo o ex-secretário ele cometeu um erro e não é corrupto pois não recebeu dinheiro ilícito. Dauster disse que vai processar “Paulo de Tarso por ele ter afirmado através da TV Bahia que eu recebi dinheiro ilícito. Eu nunca recebi dinheiro ilícito nem da Hempcare em nenhuma das transações comerciais ou projetos especiais ou não especiais de que eu tenha participado. Como é do seu conhecimento, eu coordenei, antes da pandemia, todos os projetos na Bahia. Eu sempre tive minha vida pautada na honestidade e transparência, quando esse senhor faz essa afirmativa sem nenhuma base para fazê-lo”.
Ainda durante entrevista à Rede Bahia, o ex-secretário explicou por que pediu demissão: “primeiro porque eu não precisava de ter foro privilegiado, porque não cometi nenhum ato ilícito ou nada que pudesse justificar que eu tivesse medo de alguma ação a Justiça. Se tivesse, eu não tinha pedindo nunca para perder o foro privilegiado, que é especial. Em segundo lugar, não queria que fosse politizada essa questão. Eu pedi antes que meu nome fosse citado por qualquer outra pessoa, porque pedi no momento da abertura do processo”.
Bauster também afirmou que não conhece Fernando Galante e Cléber Isaac, apontados como intermediário na fraude, que teriam recebido R$ 12 milhões: “Não conheço nenhum. Nunca tinha ouvido o nome de Fernando Galante até o dia que apareceu essa notícia de que ele teria intermediado, e que eu posso garantir que ele não participou para nada, pelo menos que fosse do meu conhecimento. O mesmo vale para Cléber, a quem não conheço, nunca falei. Não os conheço e não sei que intermediação eles fizeram porque nunca me contactaram, e quem estava fazendo essa negociação foi eu. Eu acho isso muito estranho”.
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