Na avaliação do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), o governo Rui Costa (PT) tem conseguido comprar equipamentos e insumos necessários ao combate à pandemia da covid-19 a preços abaixo da média registrada pelas demais unidades da Federação, mas existem falhas na transparência das despesas, pois até o momento o portal da internet destinado à transparência dos gastos não contém todas as contratações realizadas. A divulgação demora para ser feita, e o site não permite a gravação em meio eletrônico das informações disponibilizadas. Essas foram algumas das conclusões iniciais da auditoria realizada pelo TCE-BA sobre a atuação do estado durante a pandemia.
As equipes de auditores apuraram que, de março a maio de 2020, a queda da receita baiana gira em torno de 19,71% quando comparada com o mesmo período de 2019. Concluída nesta segunda-feira (15), a fase inicial da auditoria teve início em 31 de março deste ano, e o relatório tem o propósito de apresentar as informações preliminares, levantadas até o momento, sobre os impactos da pandemia nas receitas do Estado, sobre as medidas de contenção de despesas e as compras de equipamentos e serviços médicos e hospitalares.
Entre as questões abordadas pelos auditores da 2ª, 3ª e 6ª Coordenadorias de Controle Externo (CCEs), destacam-se o impacto da quarentena nas receitas do Estado e o custo médio dos equipamentos e insumos adquiridos, em comparação com os valores de outros entes federativos.
Já sobre as aquisições de itens de uso médico e hospitalar, os preços médios da Bahia têm ficado abaixo da média dos demais entes da Federação. Por outro lado, a auditoria identificou falhas na transparência das despesas com a Covid-19, já que o Estado da Bahia não vem cumprindo integralmente a Lei Federal nº 13.979/2020, pois até o momento o portal destinado à transparência das despesas da pandemia não contém todas as contratações realizadas, a divulgação demora para ser feita e o site não permite a gravação em meio eletrônico das informações disponibilizadas.