A pressão para o retorno das atividades do comércio em Salvador aumentou após a decisão das prefeituras do Rio de Janeiro e São Paulo liberarem a abertura dos shoppings centers esta semana. O prefeito de Salvador, ACM Neto, se reuniu ontem com empresários para avaliar a reabertura ou não dos estabelecimentos comerciais na capital baiana.
“Aproveitei a manhã de feriado [Corpus Chisti] para participar de uma reunião com representantes do comércio e dos shoppings. A nossa maior preocupação, desde o início da pandemia, é com a preservação da vida, dos empregos e do setor produtivo”, escreveu o chefe do Executivo, no Twitter.
Neto defende que a volta seja feita com cautela. “É preciso agir com cautela porque a vida não se recupera. Quando tivermos segurança, vamos reconstruir um caminho de retorno. Tenham certeza que esse é o meu principal interesse”. No início da semana, ele chegou a negar os primeiros rumores sobre uma possível volta do funcionamento dos shoppings já no próximo dia 16 de junho. “Não tem nada decidido nesse sentido. Não sei de onde tiraram isso”, disse o prefeito.
Os shoppings estão fechados desde o dia 21 de março. A pressão para a retomada aumentou ainda mais depois que o Shopping da Bahia divulgou um vídeo institucional anunciando que está preparado para voltar a funcionar, seguindo protocolos de distanciamento social. Muitos empresários não vêem motivos para os shoppings não abrirem nas próximas semanas. Para eles, as atividades precisam voltar aos poucos, mesmo que sem o setor de alimentação nesse primeiro momento.
De acordo com o prefeito, os indicadores mostram estabilidade nos dados relativos à capital. “Não tem havido oscilação significativa, nem no aumento e nem na redução da taxa de isolamento. Entendo eu que é o possível. Agora, quando você vai para as regiões sob os cuidados da prefeitura, aí a taxa de isolamento é muito maior”, acrescentou.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara, “a Casa Civil está coordenando o planejamento voltado para retomada econômica, que pressupõe a elaboração de protocolos, como foi para açougues, padarias casa de material de construção, etc.. estamos liberando setores econômicos sob forte rígido de protocolos”.
Foto:Valter Pontes/Secom