Por: João Paulo Almeida
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) retirou a candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2023. Em nota divulgada ontem, a entidade justificou a decisão “após minuciosa avaliação” e “uma combinação de fatores”, como a falta de garantias do governo federal devido à pandemia do novo coronavírus. A CBF decidiu apoiar a candidatura da Colômbia – que concorre com Japão e com uma parceria entre Austrália e Nova Zelândia para receber a competição.
A medida atinge em cheio o turismo de eventos do estado. A Arena Fonte Nova estava cotada para ser uma das sedes do evento e o turismo tinha uma grande esperança de utilizar o evento para se recuperar desse momento difícil enfrentando a pandemia do coronavírus. Hoje, com as portas fechadas, o turismo do estado ainda luta para abrir bares e restaurantes com suas medidas restritivas e sanitárias, mas ainda não existe data para acontecer.(Veja aqui)
O presidente Executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL –BA) Luiz Henrique do Amaral explicou durante uma live com o portal bahia econômica, que esses eventos que estavam previstos para acontecer na Bahia, como a Copa do Mundo feminina ajudariam o turismo a se recuperar pois trariam turistas de todo mundo para a capital baiana.
Segundo a nota, a Fifa considerou que a candidatura brasileira não apresentou “as garantias do Governo Federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento”. A CBF alegou compreender o protocolo padrão da entidade e recordou que o governo elaborou uma carta de apoio institucional que assegurava o país como “absolutamente apto”, do ponto de vista estrutural, para receber as disputas, “como já o fez em situações anteriores”.
O comunicado, porém, sublinhou que o governo, “por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19”, avaliou não ser “recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas”. A Confederação disse entender a cautela “diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo”. Ponderou, ainda, que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil “poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega”.
Já sobre a opção de apoiar a campanha colombiana para receber o Mundial, a CBF avaliou que uma candidatura única da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aumenta as chances de a competição ocorrer no continente pela primeira vez. Realizada desde 1991, a Copa Feminina foi disputada duas vezes na Ásia (ambas na China), três na América do Norte (duas nos Estados Unidos e uma no Canadá) e três na Europa (Suécia, Alemanha e França).
Foto: divulgação