O governador de São Paulo, João Doria, comparou o governo do presidente Jair Bolsonaro às gestões do PT e defendeu ser crime interferências políticas no trabalho da Polícia Federal. O tucano voltou a criticar o presidente em uma entrevista coletiva à imprensa concedida de hoje (27) na sede do governo paulista. “O Brasil rejeitou a república dos companheiros. O mesmo Brasil rejeita a república dos amigos. Não devemos ser condescendentes nem com os companheiros nem com os amigos nessas circunstâncias. Entendo que o presidente da República deve interagir com o povo e não com o chefe da Polícia Federal. Interferir é crime”, afirmou Doria em seu pronunciamento antes de começar a responder perguntas de jornalistas. Bolsonaro passou o fim de semana discutindo a escolha dos substitutos para o Ministério da Justiça e Segurança Pública e para diretor geral da PF. O mais cotado para assumir a corporação é o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro. “A Polícia Federal deve ser respeitada. A Polícia Federal é nacional. A Polícia Federal do Brasil não é pessoal nem familiar”, afirmou Doria.
Foto :Governo do Estado de São Paulo