Ao EXTRA, o carioca do Humaitá contou sobre o desafio de produzir diariamente pequenos programas de humor sem a megaestrutura da TV e a repercussão ao tornar público os dois casos de abuso sexual que sofreu na infância.
“Muitos homens me procuraram pelas redes sociais, talvez uma centena, para relatarem que também já sofreram abuso na infância. A maioria não teve coragem de falar para a família e até hoje não conseguiu lidar com isso. Acho que o lado positivo do meu posicionamento foi poder levar esse tema para outras pessoas que passaram pelo mesmo. Faz 27 anos que isso aconteceu comigo pela última vez e eu tive tempo de entender, aceitar e contar para as pessoas mais próximas. Para mim, esse assunto não é tabu nenhum.”
“Pelo o que vi, no meu caso, esse ataque está muito associado ao bolsonarismo. Mas de 90% das pessoas que me xingaram na internet se identificam como apoiadoras ferrenhas do presidente. Eles usam essa tática de machucar os outros, quando se levanta qualquer dúvida sobre o governo. Contratei uma equipe jurídica para condensar essas ofensas e nós vamos processá-los. Não me ofende ser chamado de boiola, viado, fracassado… Mas isso é péssimo e inexplicável.”
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