A pandemia está longe de causar transtornos às pessoas em todo mundo. Ao menos é o que indica um estudo assinado pelos pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no qual apontam que estratégias intermitentes de distanciamento social talvez precisem ser estendidas até 2022.
A pesquisa usou dados sobre o Sars-CoV-2 e outras formas de coronavírus para tentar simular uma enorme variedade de cenários de evolução da Covid-19 ao longo dos próximos anos, podendo chegar até 2025.
Contudo as incertezas são grandes pois ainda não se tem clareza de como ficará a imunidade das pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram. Considerando tudo que se sabe sobre os parentes do coronavírus que circularam ou ainda circulam pelo planeta, a resistência ao parasita será temporária, durando apenas um ou dois anos.
Nessas condições, a tendência é que o novo coronavírus passe a circular todos os anos, ou a cada biênio, tal como outros coronavírus que hoje causam formas de resfriados no mundo inteiro.
Com a ajuda dos dados existentes dos EUA sobre a circulação desses coronavírus que já são velhos conhecidos dos médicos, os cientistas testaram estimar o que pode acontecer com a nova ameaça.
Os pesquisadores também simulam que os efeitos das medidas de distanciamento social sobre o avanço da doença e a sobrecarga do sistema de saúde podem ter reduções de 60%, 40% ou 20% na quantidade de pessoas infectadas por cada doente.
É preciso também saber como a imunidade ao Sars-CoV-2 realmente funciona e entender qual o impacto de medidas como medicamentos e vacinas. Os testes em pessoas será crucial para saber deliberar o “abre e fecha” do distanciamento social com base na proporção de novos casos e de leitos de hospital e UTI na população de país, destacam os pesquisadores.
Foto: Forbes