O coronavírus não atinge os países de maneira uniforme e, por conta de uma série de fatores, tende a se concentrar em algumas estados e em algumas cidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, Nova York concentra 29% de todas as mortes pela doença, apesar de abrigar apenas 3% da população americana. Na Itália e na Espanha é a mesma coisa e na China a província de Hubei, que é como se fosse um Estado, teve 96% das mortes.
No Brasil parece estar acontecendo a mesma coisa e o estado de São Paulo é o epicentro da pandemia e a região Sudeste a mais afetada. Já a Bahia apresenta um crescimento de casos menor que a média nacional. A Bahia tem 2,9 casos por 100 mil habitantes, cerca de 4% dos casos, embora tenha 7% da população. Já São Paulo tem 10,6 mil caos por 100 mil habitantes e 41%dos casos, embora só tenha 22% da população. O Ceará tem 8,6 casos por 100 milhabitantes.
São várias as explicações, mas 4 delas são responsáveis pelo maior número de casos: densidade populacional, o alto fluxo de turistas e viajantes, uso massivo de transporte público e o começo precoce do isolamento social. A Bahia estaria em melhor condição por ser um estado com baixa densidade populacional e por sua capital, Salvador, que está em 8º lugar em densidade demográfica entre as capitais, ter começado o isolamento mais cedo.
No caso de outras capitais, Fortaleza, por exemplo, tem a maior densidade populacional do país, vindo a seguir São Paulo, Rio e outras, enquanto Salvador está apenas em 8º lugar. Tudo indica, segundo dados atuais, que o epicentro da pandemia será na Região Sudeste, em Brasília e outros dois focos em Fortaleza e em Manaus. Salvador pode ser um dos focos, mas no ranking atual está em 8º lugar entre as capitais mais afetadas.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
