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MAIS DE 1 BILHÃO DE TRABALHADORES VÃO SOFRER EFEITOS DRÁSTICOS NOS EMPREGOS COM A PANDEMIA, DIZ OIT

Redação - 08/04/2020 06:52

A pandemia de coronavírus está causando um impacto “profundo, abrangente e sem precedentes” no emprego, com mais de 1 bilhão de trabalhadores correndo sério risco de corte de salário ou perda de emprego, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Com fábricas, escolas e lojas fechadas em todo o mundo, o órgão sediado em Genebra afirma que as quarentenas estão afetando quase 2,7 bilhões de trabalhadores.

Destes, 1,25 bilhões são extremamente vulneráveis, principalmente em hotéis, serviços de alimentação, manufatura e varejo. Isso representa cerca de 38% da força de trabalho global. “Esses trabalhadores estão enfrentando uma redução drástica e devastadora nas horas de trabalho, cortes de salários e demissões”, afirmou a OIT nesta terça-feira. Essa previsão é a mais recente em um coro cada vez mais alto de alertas sobre os danos socioeconômicos de medidas projetadas para impedir a propagação do vírus.

Os governos já estão gastando bilhões para tentar amortecer o impacto nas empresas e em seus funcionários. “Empresas de diversos setores econômicos estão enfrentando perdas catastróficas, que ameaçam suas operações e solvência”, afirmou a OIT. “As respostas das políticas precisam se concentrar em fornecer alívio imediato aos trabalhadores e empresas, a fim de proteger os meios de subsistência e as empresas economicamente viáveis”, recomendou.

A organização também estima que as paralisações significam que o horário de trabalho diminuirá 6,7% neste trimestre, equivalente a 195 milhões de trabalhadores em período integral. O relatório vem após fortes perdas de emprego em países que vão desde Reino Unido e Espanha até os EUA, onde a taxa de desemprego teve o maior aumento desde 1975 – e se espera que aumente ainda mais, porque muitos fechamentos de lojas e restaurantes ainda não apareceram nas estatísticas.

“Muitos dos mais afetados são aqueles que já são trabalhadores com baixos salários e têm menos acesso à cobertura de proteção social”, afirmou a OIT. “Isso pode ter um impacto negativo adicional na desigualdade já existente”.

Foto: divulgação

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