As vendas do varejo na Bahia ficaram estáveis em fevereiro em relação a janeiro, na série livre de influências sazonais, depois de terem recuado 6,7% no primeiro mês deste ano. No entanto, na comparação com fevereiro do ano passado, as vendas recuaram 0,7%.
Este foi o primeiro resultado negativo no estado, após cinco altas seguidas. A Bahia foi também um dos dois únicos estados a apresentar desempenho negativo nesse confronto, ao lado do Ceará (-4,5%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE.
Com o desempenho de fevereiro, as vendas do varejo baiano acumulam variação negativa nos primeiros dois meses de 2020 (-0,1%), frente ao mesmo período de 2019. É um resultado pior que o nacional (alta de 3,0%) e um dos 4 recuos entre os 27 estados.
No acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro (frente aos 12 meses anteriores), porém, o desempenho das vendas do comércio na Bahia se mantém positivo (1,7%), só um pouco abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,9%) e acompanhando o movimento de alta registrado em 19 estados.
Na comparação com fevereiro de 2019, as vendas caíram em 7 das 8 atividades do varejo baiano, puxadas por vestuário (-6,4%); só combustíveis têm alta (8,0%). Apenas as vendas de combustíveis e lubrificantes (8,0%) mostraram avanço no mês – o décimo aumento mensal consecutivo.
Com as duas maiores quedas no mês, os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-6,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-21,9%) deram, nessa ordem, as duas principais contribuições para o resultado negativo do varejo baiano como um todo.
Apesar da alta nas vendas de material de construção (1,2%), o varejo ampliado recuou 2,5% frente a fev/19, influenciado por automóveis (-8,6%) Em fevereiro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano avançou (1,5%) frente a janeiro, na série livre de influências sazonais. Mostrou, assim, um resultado acima da média nacional (0,7%) e superior ao do varejo restrito no estado (0,0%).
Já na comparação com fevereiro de 2019, as vendas do varejo ampliado na Bahia recuaram (-2,5%), indo no sentido contrário ao desempenho do setor no Brasil como um todo (3,3%) e mostrando o segundo pior desempenho entre os estados – acima apenas do registrado no Rio Grande do Norte (-3,2%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
O desempenho acumulado do varejo ampliado baiano no dois primeiros meses de 2020 está negativo (-0,7%), frente a um aumento de 3,4% nas vendas em nível nacional. Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, a vendas do varejo ampliado na Bahia mantêm alta acumulada de 1,6%, ainda que abaixo do resultado do Brasil como um todo (3,6%).
Na comparação com fevereiro de 2019, o recuo no setor em geral (-2,5%) foi influenciado pelo desempenho negativo dos automóveis, cujas vendas caíram 8,6%. Já o segmento de material de construção teve alta de 1,2%.
Foto: Reprodução/ Diário do Nordeste