O deputado estadual Marcell Moraes (PSDB) anunciou, ontem, a transferência do título de Salvador para Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, para ser candidato a prefeito. “(Conquista) é uma cidade que eu amo. É uma cidade que me acolheu como filho. Eu tive 10 vezes mais voto do que o candidato do prefeito (Herzem Gusmão) na disputa para deputado federal Lúcio (Vieira Lima). E eu tenho destinado boa parte das minhas emendas (para lá)”, declarou o tucano.
Marcell havia desistido de ser candidato ao Executivo conquistense para entrar na briga pela prefeitura de Salvador. No entanto, o seu partido decidiu apoiar a candidatura do vice-prefeito Bruno Reis (DEM) ao Palácio Thomé de Souza. Diante disso, Marcell disse que sua irmã, a vereadora Marcelle Moraes (sem partido), já tem um projeto em Salvador, e ele vai se dedicar a Conquista. Marcelle deixou o Partido Verde e ainda não definiu para qual partido irá se filiar. Especula-se que pode migrar para o PDT – sigla do ex-ministro Ciro Gomes –, mas a legenda estaria recusando vereadores com mandato.
Já o irmão tem dito ainda que, se for eleito, os secretários de Educação e Saúde serão escolhidos pelos professores e médicos, respectivamente. Além da sua pré-candidatura, Marcell tem articulado para lançar aliados como postulantes. O tucano planeja lançar seu primo, Gustavo Moraes, como o “vereador da causa animal” em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. “Vou lançar também um (candidato) em Camaçari e (outro em Vitória da) Conquista. Gustavo já estamos batendo o martelo”, disse o deputado. Ex-presidente do Grupo de Proteção Animal Amigos da Onça (Geamo), Gustavo Moraes é hoje diretor de Defesa de Animais da prefeitura de Salvador.
Candidato à reeleição, Herzem Gusmão (MDB) tem pedido ao eleitorado de sua cidade mais um mandato. “Eu não tenho projeto de poder. O PT ficou 20 anos. Eu só quero mais quatro para que a gente possa prepara Conquista para os 200 anos”, afirmou. O administrador conquistense tem dito que vai disputar o pleito do próximo ano pelo MDB, apesar da crise que a sigla vive na Bahia. “Não tenho nenhum partido no Brasil melhor do que o MDB. Nenhum partido no Brasil tem a história que o MDB tem. Eu sou um emedebista histórico. Nós precisamos é que todos os partidos façam algo novo, abandonando o que capitão (o presidente Jair Bolsonaro) falou que é a velha política. Vamos deixar a velha política para trás e vislumbrar algo novo”, ressaltou.
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