As vendas do comércio varejista de doces, balas e chocolates devem crescer 4,9% no estado da Bahia neste segundo bimestre, em relação a igual período do ano passado, conforme análise da Fecomércio-BA. O faturamento nos dois meses que estão ligados fortemente a data da Páscoa deverá ser de R$ 72,6 milhões. O cálculo foi feito com base nos dados informados pelas empresas varejistas para o Governo da Bahia, através de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) e a Fecomércio-BA.
De acordo com Guilherme Dietze, consultor econômico da Federação, para o setor, março e abril são os melhores meses ao longo do primeiro semestre do ano. A participação das vendas no segundo bimestre representa 40% de tudo que as lojas de chocolates e doces vendem entre janeiro e junho no estado da Bahia. A Fecomércio-BA já vem apontando um cenário de aumento de consumo através de suas mais recentes pesquisas. “O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 8% no período entre julho e fevereiro deste ano. Além disso, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) passou de 44,7% de famílias endividadas em fevereiro do ano passado para 46,5% no segundo mês deste ano, ao mesmo tempo em que a inadimplência, neste período, caiu de 17,4% para 15,7%, ou seja, as famílias soteropolitanas estão se endividando mais de forma mais saudável, com mais condições de arcar com as dívidas contraídas”, avalia Dietze.
O consultor econômico ainda esclarece que “embora os dados sejam de Salvador, é razoável expandir o comportamento da capital para o estado porque a melhora está evoluindo em termos macroeconômicos, em todo o país, e não em uma região específica”. Mais de 30 mil empregos formais foram criados no Estado ao longo de 2019 e a inflação fechou o ano passado pouco abaixo dos 4% na região de Salvador. Com isso, os juros aos consumidores estão na tendência de queda. Três principais variáveis que determinam as decisões de consumo das famílias estão positivas no Estado. Segundo Dietze, isso explica a expectativa favorável para a próxima data comemorativa do comércio.
A Fecomércio-BA ressalta ainda que a Páscoa afeta menos setores do varejo, ao contrário do Dia das Mães, por exemplo. As vendas estão concentradas no varejo de chocolates e sendo produtos com valores mais baixos, o que não é necessário uma forma de financiamento. “Os gastos devem ser feitos em dinheiro e cartão de débito e ao longo da segunda quinzena de março até o início do próximo mês, quando será a data específica”, avaliou Guilherme Dietze. Portanto, após o Carnaval na Bahia que registrou 2% de crescimento no varejo, a Páscoa será outra data que deve animar os empresários com um aumento do faturamento e quem está mais ligado no Dia das Mães também pode se preparar para um bom ritmo de vendas.
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