O dólar abriu em alta novamente nesta quinta-feira (27), atingindo pela primeira vez a cotação de R$ 4,45, com a alta nos casos de coronavírus fora da China reforçando os temores de que a epidemia possa desacelerar a economia global. Às 9h11, a moeda dos EUA era negociada a R$ 4,4531, com alta de 0,28%. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,4561. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,10%, a R$ 4,4407, renovando recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), em meio ao avanço da epidemia de coronavírus pelo mundo e com a confirmação do primeiro caso no Brasil. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,4475, até então a maior cotação nominal intradia já registrada no país. No mês, o dólar acumulou alta de 3,63%. Em 2020, já subiu 10,75%.
No exterior, as bolsas europeias tinham mais um dia de queda. Investidores temem os impactos do avanço do coronavírus no crescimento da economia global e mais empresas alertaram que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev. Na China, as bolsas fecharam em leve alta, com um menor número de mortes devido ao coronavírus e após o governo sinalizar mais suporte para a economia doméstica. No Japão, índice Nikkei fechou em queda de 2,13% e, em Seul, o índice KOSPI perdeu 1,05%.
Já os preços do petróleo caíam cerca de 2% nesta quinta-feira, no quinto dia consecutivo de perdas, para o menor nível desde janeiro de 2019. O petróleo Brent caiu abaixo de US$ 53 o barril, enquanto que petróleo dos Estados Unidos recuou para menos de US$ 48 por barril. Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.
Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados na China, os temores de uma pandemia intensificaram-se com autoridades pelo mundo lutando para prevenir a disseminação do vírus, que já foi registrado em cerca de 30 países, gerando interrupção de produção e consumo na China, e também a paralisação de algumas atividades em países como Coréia do Sul, Irã e Itália.
Foto: Visual Hunt