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COPA DO MUNDO FEMININA DE 2023 PODE SER REALIZADA NO BRASIL E FONTE NOVA ENTRA NA BRIGA PARA SER SEDE

Redação - 19/02/2020 11:00

A Fifa esteve no Brasil entre os dias 3 e 6 de fevereiro para inspecionar locais em sua avaliação para decidir qual candidatura levará a Copa do Mundo feminina de 2023. A entidade enviou representantes a São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, três dos oito locais que a CBF disponibilizou como opções de sedes – Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Manaus (Arena da Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians).

Como funciona essa avaliação da Fifa? A entidade coloca percentuais de importância em cada aspecto: a relevância de infraestrutura tem o percentual de 70%. Dentro dele, a qualidade dos estádios representa 35%, instalações para equipes e árbitros – como locais de treinamento -, 15%. As acomodações somam 10% e os locais de transmissão como IBC (5%) e outros locais (5%) completam os outros 10%. Soma-se à infraestrutura os 30% das previsões de desempenho comercial.

A CBF acredita que o país tem uma grande possibilidade de abrigar a competição até pelo know how recente da Copa do Mundo masculina de 2014. A comparação é até mesmo com a França, que, mesmo com locais menores para jogos e treinamentos, realizou a competição. Antes do Brasil, a Colômbia já havia recebido a visita da Fifa entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro. Na candidatura Austrália/Nova Zelândia, a inspeção é entre os dias 17 e 22 de fevereiro. A entidade encerra esse processo entre os dias 24 e 27 de fevereiro, no Japão. Marco Aurélio Cunha, diretor de futebol feminino da CBF, acredita que a Confederação Brasileira de Futebol tem prestígio internacional e, em razão disso, tem boas chances de garantir a realização do torneio em solo brasileiro.

“Todas as competições são relevantes para o Brasil receber. Desde sub-15, 17, 20, até as maiores dos adultos e adultas. O compromisso da CBF é estar sempre à frente promovendo competições. Tivemos agora a Supercopa do Brasil, que foi um sucesso total. Uma competição lindíssima, muito bem organizada. Cada vez que a CBF puder ser posta à prova a sua capacidade de gerenciamento, de poder trazer ao Brasil os melhores eventos, eu tenho certeza que a diretoria, o presidente Rogério Caboclo vai tentar. Hoje felizmente a CBF goza de excelente prestígio internacional e na minha opinião é um exemplo de gestão. Basta que a gente acredite nisso também aqui no Brasil porque já tem se provado que as coisas aqui têm andado bem. Acho que vai ser competitivo. Há outros países evidentemente buscando o mesmo desejo, que é fazer a Copa do Mundo feminina, mas acho que o Brasil tem uma grande chance. E se não for nessa será na próxima. Cada vez que houver uma possibilidade tenho certeza que nós seremos candidatos a receber competições importantes do futebol”, afirmou Marco Aurélio Cunha, em coletiva na sede da CBF na terça-feira.

O relatório dessas visitas a cada país candidato será enviado ao conselho da Fifa em maio. Em junho, durante o congresso da entidade, marcado para Addis Ababa, Etiópia, 33 dos 37 membros do conselho votarão na candidatura vencedora, com os membros de Nova Zelândia, Brasil, Colômbia e Japão inelegíveis para votar.

Foto: divulgação

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