A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, a pedido do Ministério Público Federal, feito na semana passada. O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato – desvio de recursos por agente público – e advocacia administrativa – patrocínio de interesses privados na administração pública. A solicitação do MPF foi feita a partir de representações apresentadas por diversos cidadãos, com base em reportagens da Folha de S.Paulo.
Como noticiou o jornal a partir de 15 de janeiro, Wajngarten é sócio de uma empresa, a FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras de TV, entre elas Record e Band, e de agências contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.
Nesta terça (4), a Folha de S.Paulo mostrou que, ao assumir o cargo, o secretário omitiu da Comissão de Ética Pública da Presidência informações sobre as atividades da FW e os negócios mantidos por ela.
Em nota divulgada na última terça (29), Wajngarten afirmou que o pedido do MPF para a PF investigá-lo é uma “oportunidade” para provar que não cometeu irregularidade, e acrescentou: “Qualquer interpretação afora essa realidade factual é notória perseguição de um veículo de comunicação, que não aceita a nova diretriz da Secom”.
Foto: Reprodução Roda Viva