Maia se mostrou pessimista quanto à possibilidade de privatizar a Eletrobras ainda neste ano, como planeja o governo. Para ele, nesse caso, as eleições municipais podem atrapalhar que o tema seja em colocado em pauta tanto na Câmara, quanto no Senado. Mais cedo, no mesmo evento, o presidente da estatal, Wilson Ferreira, disse que confia que o projeto de capitalização da empresa será aprovado nas duas casas ainda no primeiro semestre, e que a venda deve ocorrer no segundo.
“A Eletrobras, a eleição municipal tem influência na sua privatização”, afirmou, emendando que Furnas, subsidiária da elétrica em Minas Gerais, tem muitos funcionários e uma eventual privatização pode prejudicar o capital de político de possíveis candidatos junto a esses eleitores.
Para ele, o ideal seria que o projeto tivesse sido votado na Câmara no fim do ano passado, o que não aconteceu porque não houve sinalização de que ele seria bem recebido no Senado. “Se não tiver solução rapidamente, eu acredito que precise se montar um cronograma de votação a partir do final do ano”, disse. ”Nem acho que perde a votação, mesmo num ano eleitoral, mas acho que alguns deputados não vão querer que a matéria tramite e alguns senadores também”.
Privatização da Caixa: Maia ironizou a decisão do governo de não privatizar a Caixa e as pretensões do banco público de expandir sua atuação. “É sempre um problema. Todo mundo quer privatizar até sentar na cadeira. Sentou na cadeira, a empresa é eficiente. A Caixa Econômica era pra fazer um downsizing (redução) dela e daqui a pouco ela vai virar o maior banco do Brasil. Está corajoso o presidente da Caixa, não está?”
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