Erguido no século XVI, o Museu Wanderley Pinho, no município de Candeias, ajuda a contar parte da história do Recôncavo Baiano. Para garantir a preservação do patrimônio histórico para as futuras gerações, o Governo do Estado autorizou, nesta quarta-feira (29), uma ordem de serviço no valor de R$ 24 milhões para a realização de obras de requalificação na edificação. O evento teve as presenças do secretário do Turismo, Fausto Franco, do diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), João Carlos Oliveira, e do prefeito do município, Pitágoras Alves.
“Estamos resgatando um patrimônio que fez parte da historia do nosso país, um projeto em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID], que entra com 60% dos recursos, e o Estado com 40%. Tudo com o viés de fomento da Bahia de Todos-os-Santos. Esse projeto tem um prazo de 12 meses. Nós iremos resgatar a originalidade desse museu e a visitação será aberta ao publico. Temos planos de futuramente construir restaurantes, hotéis e lojas de artesanato para valorizar nosso patrimônio e turismo”, explicou Fausto Franco.
O museu ocupa um casarão de quatro andares e 55 cômodos no antigo Engenho Freguesia e inclui ainda uma capela. Tombado como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o equipamento possui grande importância arquitetônica e cultural, sendo administrado pelo Ipac. O equipamento reúne um acervo de mais de 200 peças que contam uma história da Bahia e do Brasil.
De acordo com o diretor do Ipac, “o projeto prevê a recuperação do píer e atracadouro, que será uma base náutica com receptivo. O museu conta uma historia de 400 anos e teremos um espaço para receber 500 pessoas. Isso vai permitir a realização de eventos e outras atividades”.
O prefeito de Candeias comemorou a assinatura. “Este momento é de grande alegria para a cidade de Candeias, que hoje faz parte do turismo náutico e religioso. A reforma desse museu, um espaço que faz parte da história do Brasil, é de grande importância, especialmente pela cultura, mas também por se tratar de um investimento grande que irá gerar muitos empregos e renda para a nossa população”.
Foto: Mateus Pereira/GOVBA