Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em 43% dos vínculos intermitentes a remuneração foi inferior a um salário mínimo em dezembro de 2018. Além disso, entre os vínculos em 2018, 11% não tiveram renda. Ou seja, um em cada 10 contratos intermitentes não geraram renda para o trabalhador. Veja os principais resultados da pesquisa abaixo:
O trabalho intermitente foi criado pela reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017 com a promessa do governo na época de gerar 2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por mês. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24) revelam que das 644 mil vagas de emprego criadas em 2019, 106 mil (16,5%) foram na modalidade de trabalho intermitente. Na modalidade, o trabalhador fica à disposição para trabalhar, aguardando, sem remuneração, ser chamado pelo empregador. Enquanto o trabalhador não for convocado, ele não recebe. E, quando é chamado para executar algum serviço, a renda é proporcional às horas efetivamente trabalhadas.
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