Em entrevista a rádio metrópole, o presidente nacional do Democratas e prefeito de Salvador, ACM Neto, fez uma crítica pública ao governo do presidente Jair Bolsonaro, a quem apoiou pessoalmente na eleição do ano passado. Ele afirmou que é “mentira” dizer que ele seria um aliado incondicional da gestão. Apesar de admitir concordância com a pauta econômica do governo Bolsonaro, diz que já se posicionou contra a gestão em temas ligados a costumes. Neto lembrou que o DEM pediu a demissão do secretário especial de Cultura Roberto Alvim, que fez referência ao nazismo.
“Tenho minha independência plena em relação ao governo e em relação ao presidente da República. Acho que ele fez menos pelo Nordeste, no primeiro ano de governo, do que poderia ter feito. Inclusive faço aqui essa crítica publicamente. Ele poderia ter olhado mais para o Nordeste do que olhou. Espero que o governo, a partir de agora, que vai ter maior capacidade de investimento e voltará a ter recursos, garanta de fato a presença no Nordeste, porque ainda existe uma desigualdade regional muito grande no Brasil e, para diminuir esse fosso, o Nordeste precisa da presença do governo federal. Agora dizer que sou contra ele, que vou torcer contra ele, não. Porque estaria contra o país”, disse.
O prefeito também negou que aceitaria, se fosse feito hoje, um convite para ser ministro do governo Bolsonaro. “Eu não busco cargos, estou me preparando para sair da prefeitura e ficar sem mandato. Quero mudar o chip e me preparar para uma caminhada. Na minha cabeça e no meu horizonte, os planos são outros. Prefiro gastar a sola do sapato rodando a Bahia toda, falando com os cidadão e retomando meus contatos no interior. Fui deputado federal por 10 anos, quero retomar meus contatos e continuar me aperfeiçoando. Seria indelicado de minha parte especular sobre um convite presidencial no futuro. Na política isso não pode ser feito”, declarou.
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