Com um preço diferenciado, que subiu 18,06% em dezembro, uma inflação registrou uma alta de 1,15% no mês passado, divulgou o IBGE na manhã desta sexta-feira. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) atingiu 4,31%, superando o centro de meta de inflação fixado para 2019, que era de 4,25%. Foi a primeira vez que a inflação superou o centro da meta desde 2016. Em 2017, o IPCA ficou em 2,95% e em 2018, em 3,75%.
Em novembro, o IPCA for de 0,51%. O resultado de dezembro significa a maior inflação mensal desde junho de 2018, quando o índice subiu 1,26%. Além das carnes, outros alimentos tiveram alta em dezembro, como feijão-carioca, que subiu 23,35% e tomate, com alta de 21,69%. O frango avançou 5,08%. Com isso, o grupo de alimentos e bebidas avançou 1,04%, a maior alta mensal em 17 anos.
A mediana das projeções de analistas consultados pela Bloomberg indica que a inflação de dezembro ficaria em 1,08%. Para o ano, uma previsão era de 4,24%. O surto de peste suína africana na China, que levou o país a abater quase um terço do seu rebanho de porcos, levou uma forte alta nas vendas de carnes do Brasil para o país asiático, ou pressionou os preços no mercado interno.
Como os volumes totais de carne bovina bateram ou registraram 1.847 milhões de toneladas em 2019, alta de 12,4% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Por outro lado, uma energia elétrica recupera 4,24% em dezembro e ajudou a evitar uma alta inflação maior. O alarme, segundo o IBGE, veio da mudança de bandeira tarifária, sobe aplicada pelo governo na conta de luz quando há poucas luvas e é preciso aumentar a geração de energia térmica, mais cara.
Em novembro, vigorava a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R $ 4.169 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em dezembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo de R $ 1.343 por cada 100 quilowatts-hora.
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