O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, já definiu que Bruno Reis será o seu sucessor. O debate, agora, gira em torno do arco de alianças que irá compor a chapa com ele e do nome que será escolhido para a vice na eleição de 2020. No momento, alguns despontam como favoritos nas bolsas de apostas: Ireuda Silva (Republicanos), Rogéria Santos (Republicanos), Geraldo Júnior (SD), Leo Prates (indo para o PDT) e Irmão Lázaro (PL).
Sabe-se que Bruno procura, preferencialmente, algum nome que agregue votos para a campanha – sobretudo para ganhar a confiança da esquerda baiana – e que seja consenso na base. Por outro lado, outros articuladores políticos avaliam que um nome ligado ao empresariado seria o ideal para a chapa, já que as classes mais populares já apoiam Neto. Um nome de fora da política também pode ser o escolhido.
Nos bastidores, entre os nomes listados acima, circula a informação que Ireuda era o nome desejado por ACM Neto. Além de arrebatar o antigo PRB para sua base, a escolha da vereadora ajudaria na formação de uma chapa semelhante a da campanha vitoriosa carlista em 2012, quando Célia Sacramento ocupou a vice. Na época, Neto precisava de uma mulher negra para conseguir a confiança da esquerda. Rogéria Santos também é ventilada como um possível nome do partido para esta indicação.
Já Prates, que ocupa o cargo de secretário de Saúde de Salvador, é ventilado na vice desde o ano passado. Ele tem um bom diálogo com a esquerda e goza da ampla confiança de Neto. Alguns veículos ventilaram a possibilidade de uma aliança entre ele e o governador Rui Costa (PT). Mas, a reportagem garante: não existe essa chance. Aliás, hipoteticamente, Prates até poderia ser considerado um infiltrado carlista no grupo adversário tamanho é o alinhamento dele com Neto.
Atual presidente da Câmara Municipal, Geraldo terá a prerrogativa de fazer a dobradinha com Bruno ou de continuar ocupando o atual cargo caso seja reeleito como vereador. Se a dobradinha for realmente realizada, o pré-candidato atrairá automaticamente para sua base o SD, MDB, PSC e PTB. O vereador, por outro lado, causa receio estilo de política mais agressivo. Inclusive, ele tem uma relação “tensa” com Bruno e não se sabe até onde vai a confiança mútua entre os dois.
Já Irmão Lázaro, líder evangélico de sucesso, já foi apontado como o político mais influente do Brasil nas redes sociais quando foi deputado. Tem penetração forte em diversas igrejas e garantiria muitos votos para Bruno, além de ser um homem negro. O cantor atualmente não está em uma sigla forte e só agregaria mesmo sua imagem pessoal para a chapa.(TB)
Foto: divulgação
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