O presidente do Iraque, Barham Salih, condenou o ataque aéreo dos Estados Unidos que matou em Bagdá o general iraniano Qassem Soleimani, e pediu moderação de todas as partes. Em comunicado, o presidente iraquiano disse que o Iraque deve colocar seu interesse nacional em primeiro lugar e evitar as tragédias de um conflito armado que afeta o país ao longo de quatro décadas, disse ele em comunicado. Qassem Soleimani: quem era o general iraniano e qual foi sua importância no Oriente Médio
China
A China expressou sua “preocupação” e pediu “calma”. “Pedimos a todas as partes envolvidas, principalmente aos Estados Unidos, que mantenham a calma e exercitem auto-controle para evitar novas tensões”, disse um porta-voz da diplomacia, Geng Shuang. China condena ataque dos EUA que matou general iraniano Qassem Soleimani
Rússia
A Rússia alertou para as consequências da operação “perigosa” americana, que resultará no “aumento das tensões na região”, segundo o ministério das Relações Exteriores russo. Para o presidente Vladimir Putin, o assassinato ameaça “seriamente agravar a situação” no Oriente Médio.
Israel
O governo israelense colocou as Forças Armadas em alerta máximo nesta sexta-feira (3), mas, até agora, não se pronunciou sobre o ataque. O silêncio sobre o ataque dos integrantes do gabinete de segurança de Benjamin Netanyahu foi interpretado pela mídia israelense como uma tentativa de impedir retaliação de representantes e aliados do Irã na região. Isso inclui o Hezbollah, movimento libanês apoiado por Teerã, e os grupos militantes palestinos Hamas e Jihad Islâmica, em Gaza. Aumenta na Europa a preocupação com um possível conflito após o ataque dos EUA
Reino Unido
O ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, apelou a “todas as partes à desescalada”. “Sempre reconhecemos a ameaça agressiva da força iraniana Al-Qods liderada por Qassem Soleimani. Após sua morte, pedimos a todas as partes que diminuam a escala. Outro conflito não é de forma alguma do nosso interesse”, declarou o chefe da diplomacia britânica.
França e Holanda
Paris também considerou que “a escalada militar é sempre perigosa”. “Nosso papel não é ficar de um lado ou de outro, é falar com todos”, disse a secretária de Estado para os Assuntos Europeus, Amélie de Montchalin, assegurando que Paris procura criar “as condições para a paz em qualquer caso para a estabilidade”. A Holanda também alertou seus cidadãos que moram no Oriente Médio.
EUA
O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos. Donald Trump, que estava na Flórida no momento do ataque, postou uma bandeira americana em uma rede social, mas não falou sobre o episódio. A embaixada dos EUA no Iraque pediu para os seus cidadãos deixarem o país por temer represálias.
Líbano
O líder do movimento xiita libanês Hezbollah, um grande aliado do Irã, prometeu “a justa punição” aos “assassinos criminosos” responsáveis pela morte do general iraniano.
ONU
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, estimou que “o mundo não pode permitir uma nova guerra no Golfo”, e apelou “aos líderes a fazerem prova de máxima contenção” neste momento de tensões.
União Europeia
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou que o “ciclo de violência, de provocações e de represálias deve cessar” e que “uma escalada deve ser evitada a todo custo”.
Iêmen
Os rebeldes iemenitas huthis, apoiados por Teerã, apelaram, por meio da voz de Mohammed Ali al-Huthi, uma autoridade da direção política rebelde, a “represálias rápidas e diretas”.
Arábia Saudita
País pediu autocontrole para evitar mais violência depois do ataque dos EUA. O ministro de Relações Exteriores publicou uma declaração em que afirma que a comunidade internacional precisa atender suas responsabilidades para garantir a segurança na região.
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