A Polícia Federal (PF) intimou o joalheiro Carlos Rodeiro, para reconhecer se as joias apreendidas na casa da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago são dele. Rodeiro não compareceu para prestar depoimento. A ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi implicada na operação Faroeste, que apura um esquema de vendas de decisões no âmbito do Judiciário baiano.
Os investigadores querem que o joalheiro esclareça quem pagou pelas joias, apresentando notas fiscais e comprovantes de pagamento. A PF trabalha com a hipótese de que Rodeiro teria colaborado na lavagem de dinheiro realizado pela desembargadora. No relatório, a polícia destaca que uma das caixas de joias possuía a logomarca do joalheiro.
Socorro e outros três desembargadores – José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel e Gesilvaldo Nascimento Britto – foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suspeita de participação em um suposto esquema de venda de decisões judiciais para legitimar a posse de terras obtidas por grileiros do Oeste. A desembargadora segue afastada de suas atividades e presa preventivamente na penitenciária da Papuda, em Brasília.O STJ decidirá nos próximos dias se mantém ou revoga a prisão da magistrada.
Foto: Divulgação/TJ-BA