A jornalista Izabella Camargo, que se viu no centro de polêmica ao ser demitida da TV Globo após uma licença médica causada por Síndrome de Bornout, participou do Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, para falar da doença e de sua carreira. Izabella disse que, na ocasião de sua demissão (em outubro de 2018), tinha a sensação de ter prestígio no canal. Por isso, sentiu-se surpresa e decepcionada com a decisão da emissora.
“Foi a coisa mais violenta que aconteceu na minha vida. Foi pior do que um assalto a mão armada [?]. Imagine que você tem moral e acabou de receber elogios. Você pensa que está batendo um bolão. Aí acontece uma situação e te falam que você não serve mais. Você se sente injustiçado ou não?”, questionou. A jornalista foi reintegrada à Globo por uma decisão judicial, mas fez um acordo milionário com a emissora e saiu novamente para tocar projetos pessoais. Embora afirme não ter inimizades na emissora, ela demonstrou mágoas com um profissional dos bastidores.
“Uma pessoa disse que, no jornal dela, eu não voltaria a trabalhar. E isso foi logo quando fui reintegrada. É um absurdo, chocante”, revelou, sem citar nomes. Izabella acredita que a atitude de ter entrado na justiça para buscar seus direitos pode inspirar outros profissionais a fazer o mesmo em casos de doenças similares.
“Coloquei um dedo na ferida, rompi um sistema. Quando eu trabalhava na TV, as pessoas me paravam para tirar uma foto. Hoje, param para me agradecer por ter rompido o sistema, colocado o dedo na ferida de uma situação que está todo mundo jogando para debaixo do tapete”, revelou.
*foto: Programa do Panico