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PREVISÃO É DE MAIS CHUVA NESTA QUARTA EM SALVADOR

Redação - 27/11/2019 07:17

Salvador  amanhece nesta quarta-feira, 27, com previsão de chuva intensa e ainda contabilizando estragos de ontem, quando a cidade passou o dia em nível de alerta máximo emitido pela Defesa Civil (Codesal). Choveu 169 mm durante três horas, mais do que o previsto durante todo o mês de novembro, cuja média é de 106,5 mm, de acordo com informações da Codesal. Não houve registro de vítimas. O prefeito ACM Neto, em coletiva, disse que a Prefeitura está preparada para atender à população.

A chuva acima do previsto é decorrente de um fenômeno meteorológico conhecido como cavado, que intensificou a frente fria que se encontra sobre Salvador. Entre alagamentos, deslizamentos, desabamentos e congestionamentos que tomaram boa parte da capital, ontem, ocorrências como a queda de poste sobre um táxi, no bairro de Amaralina, e o chão de um estacionamento que cedeu, engolindo dois carros, em um condomínio no Imbuí, marcaram as imagens do dia.

Sirenes de alerta foram acionadas nos bairros com perigo de deslizamento de terra e pessoas foram orientadas a deixarem duas casas e se abrigarem em pontos de apoio cedidos pela Prefeitura, como escolas municipais. A cidade registrou 306 ocorrências, entre as quais  98 alagamentos de imóvel, 10 alagamentos de área, 96 deslizamentos de terra, 15 desabamentos de muros, de acordo com o último boletim emitido pela Codesal por volta das 22h. As localidades com maior número de ocorrências foram Cabula/Tancredo Neves (82),Subúrbio/Ilhas (52) e Pau da Lima (57).

Muitas pessoas não conseguiram chegar ao trabalho, já que o transporte público sofreu com os transtornos na cidade. Na avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM), o volume de água impediu a passagem dos carros e ônibus e pedestres chegaram a ficar ilhados em uma das passarelas da localidade. De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) os locais mais críticos foram  a Av. Juracy Magalhães Júnior e   Av. Tancredo Neves, além das avenidas San Martin, Ogunjá e Jequitaia, que permaneceram com trânsito congestionado  todo o dia.

A técnica em saúde bucal, Verônica Oliveira, contou que levou 2h 30 para chegar ao trabalho, mas logo foi liberada. “Praticamente todos os pacientes cancelaram, das minhas colegas, quem conseguiu chegar no consultório demorou duas horas ou mais para fazer o percurso que fazem em 30, 40 minutos ”, contou . A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), informou que toda a frota de ônibus estava nas ruas, no entanto, grande parte não conseguiu circular. A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba),  informou que atuou imediatamente no desligamento da rede, eliminando o risco de choque. Ainda segundo a Coelba, cerca de 130 consumidores ficaram sem energia na região  por causa do incidente.

Muitas escolas e faculdades suspenderam as aulas. Na rede municipal ficou a critérios dos diretores, a partir da localidade de cada unidade. A rede estadual funcionou pela tarde e noite, para quem conseguiu chegar até as unidades. Algumas unidades da Universidade Federal da Bahia (UFBA) não tiveram aula. Bombeiros – O corpo de bombeiros registrou o  resgate de 24 pessoas na Baixa dos Sapateiros. Dentre elas estavam idosos, adultos e crianças. Estes estavam Ilhados após as suas  casas terem sido inundadas pela água. De acordo com o corpo de bombeiros a  ação teve que ser  rápida já que  água estava subindo muito rápido.

Segundo nota emitida pela instituição “O CBMBA orientou que fosse solicitada vistoria da Codesal para avaliação das estruturas e que só depois eles retornem às residências. Mesmo com a orientação de evacuação, alguma moradores cujas casas não foram tão atingidas pela água, se recusaram a sair dos imóveis”.

Foto: divulgação

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