Nesta segunda-feira (25), o dólar fechou em nova máxima histórica, puxado pelo dia de fortalecimento global da moeda e por renovadas preocupações com as perspectivas de ingresso de recursos ao país. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão regular em alta de 0,53%, a 4,2150 reais na venda. Com isso, a cotação superou o recorde anterior para um fechamento, de 4,2061 reais, cravado há exatamente uma semana. Na B3, em que os negócios com derivativos cambiais vão até as 18h15, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha alta de 0,61%, a 4,2245 reais, por volta de 17h35. A moeda começou o dia em torno da estabilidade, mas tomou fôlego rapidamente após o Banco Central divulgar dados mostrando déficit em conta corrente e investimento estrangeiro direto piores do que o esperado para outubro.
Mesmo com o dólar em torno de recordes históricos, o Banco Central tem mantido a estratégia de intervenção no câmbio já em curso. A autoridade monetária vendeu todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020. Mais cedo, o BC não havia aceitado propostas em leilão de dólar à vista e de swap cambial reverso. Também nesta segunda, a autarquia fez a rolagem integral de 1,5 bilhão de dólares em linha de moeda com compromisso de recompra, volume que até então precisaria voltar ao BC no começo de dezembro. Ao longo da tarde, o dólar se manteve forte amparado pelo exterior, onde a moeda se valorizava contra uma cesta de divisas e também ante vários rivais emergentes.
Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES