A Associação Geral de Taxistas (AGT) começou a fazer uma enquete com os quase 7 mil profissionais que atuam em Salvador para decidir se a categoria vai reajustar o valor das bandeiras em janeiro, data base de aumento do serviço. A estimativa do presidente da associação, Denis Paim, é de conseguir, pelo menos, 6 mil assinaturas. A enquete, que começou a ser realizada na quarta-feira (20), deve ser concluída no dia 10 de dezembro.
No entanto, segundo Paim, a categoria já sinaliza ser contrária ao aumento de preço da bandeira, por conta da concorrência com os preços cobrados pelos aplicativos de transporte. “Por lei, o reajuste deve ser aplicado no dia 1 de janeiro, mas para isso, a categoria precisa se pronunciar. Mas acredito que não vai ter o reajuste não, porque a maioria dos taxistas não quer”, explica. Procurado pelo Correio, o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, informou que o reajuste só é aplicado se o sindicato procurar a pasta para formalizar o aumento da tarifa.
Com receio da proposta de mudança, o taxista Jorge Pedro Neves, de 52 anos, que trabalha há 20 anos no ponto fixo de táxi no Hospital Geral do Estado (HGE), teme que o possível reajuste da tarifa traga prejuízos para a categoria. “Eu sou contra a mudança por conta da concorrência desleal que estamos vivendo no momento com os aplicativos na cidade. O reajuste, por exemplo, pode nos causar muito prejuízo, ao ponto de espantar os clientes que já são fieis a nós”, pontuou Jorge.
(Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)