Por João Paulo Almeida
O turismo de cruzeiros é um dos ramos mais importantes para as cidades do litoral brasileiro. Porém, Salvador, hoje, não é um “home port” para as empresas que atuam no Brasil. O home port acontece quando as empresas utilizam a capital como local para atração de até um dia completo. Com a temporada aberta até abril do ano que vem a cidade deve receber 165 mil cruzeiristas apenas para passar algumas horas na cidade. Sem consumir diárias de hotéis e com a quantidade limitada de pontos turísticos a se visitar.
O presidente da Salvador Destination, Roberto Duran, afirmou que Salvador não está como um “home port” para as empresas de turismo de cruzeiros pelo alto custo que a capital tem para as administradoras de navios atracarem. Segundo Duran, os valores colocados estão muito altos. “Um navio para atracar em Salvador paga uma diária muito cara, o combustível aqui é mais caro, a atracação aqui é mais cara, até a água aqui é mais cara para o navio. Então tudo isso inviabiliza o porto de Salvador para as empresas que atuam no ramo dos cruzeiros no Brasil”, explicou.
Para explicar melhor o assunto o portal Bahia Econômica foi conversar com o presidente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq Bahia), Alfeu Pedreira Luedy, que explicou que o forte do porto de Salvador é ser um porto de transição. “A maior parte do arrendamento do arrendatário é com trânsito. Realmente o embarque e desembarque aqui é pequeno se você considerar a ultimo ano foram 150 mil passageiros em 53 navios isso 75% é transito. Então Salvador fica caracterizado como um Call port que são portos de trânsito e não um home port. Para mudar isso tem que haver uma negociação com as operadoras. eles é que tem que dar essa configuração ao porto de salvador”, explicou. A entrevista completa você acompanha aqui.
Foto: divulgação