A Petrobras confirmou, na manhã desta quinta-feira, a venda da totalidade de sua participação na Liquigás ao consórcio formado por Copagaz , Itaúsa e Nacional Gás Butano . De acordo com a estatal, a oferta de R$ 3,7 bilhões feita pelo consórcio foi a melhor. “Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas”, diz a Petrobras.
A petrólífera esclarece, em seu comunicado, que a transação ainda será submetida à aprovação pelos órgãos competentes da Petrobras e as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas ao mercado. De acordo com fontes, Copagaz é a líder do consórcio com 80% da participação e será a controladora da companhia, enquanto Itaúsa terá uma participação minoritária relevante, seguida da Nacional Gás.
No fim de agosto, a Petrobras anunciou que o consórcio formado pelas três companhias havia apresentado a melhor proposta de oferta vinculante para comprar a Liquigás. Segundo a estatal, por ter apresentado a melhor proposta, o consórcio foi chamado para participar da fase de negociação dos contratos. A previsão era que a operação de venda seria fechada até este mês. De acordo com fontes do mercado, naquela ocasião, outros dois grupos teriam apresentado proposta: o fundo árabe Mubadala e o consórcio GP Investiments, Consigaz.
A venda da Liquigás faz parte do programa de desinvestimentos da Petrobras que já arrecadou US$ 15,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. A Petrobras chegou a vender a Liquigás em 2017 ao grupo Ultra por R$ 2,8 bilhões, mas, no ano passado, a operação foi cancelada por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão considerou que ocorreria uma grande concentração de mercado, uma vez que o Ultra é controlador da Ultragaz, líder do mercado, e a Liquigás é a segunda no mercado.
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