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REUNIÃO DE HOJE NO COPOM PODE BAIXAR SELIC A 5% AO ANO

Redação - 30/10/2019 07:21

Uma reunião que acontece hoje pode entrar para história da economia do Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá e os analistas do mercado financeiro preveem uma nova redução na taxa básica de juros, a Selic. A taxa está em 5,5% ao ano, e o mercado prevê uma redução para 5% ao ano. A decisão deve ser anunciada por volta das 18h.

Se confirmada a nova redução, a Selic atingirá o menor patamar em 30 anos, ou seja, desde que o Banco Central começou a série histórica. De acordo com o relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a expectativa dos economistas é que os cortes nos juros continuarão no próximo encontro do Copom, em dezembro.

Assim, se confirmada a queda prevista pelos analistas, a Selic pode terminar 2019 em 4,5% ao ano e permanecer nesse percentual até o começo de 2021. A principal missão do Banco Central é controlar a inflação, tendo por base o sistema de metas. Para este ano, a meta central de inflação é de 4,25%, podendo oscilar de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o objetivo central é de 4% (com oscilação de 2,5% a 5,5%).

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC reduz os juros. Quando estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada. Para definir a taxa básica de juros, o BC já está de olho nas previsões de inflação do ano que vem. Isso porque as decisões levam meses para ter impacto pleno na economia. Para este ano, a previsão do mercado é que a inflação fique em 3,29% e, em 2020, em 3,6%.

O superintendente de assessoria econômica da Associação Brasileira de Bancos, Everton Pinheiro de Souza Gonçalves, avaliou que o cenário de baixo nível de atividade e o repasse baixo da alta do dólar para os preços permitem o corte de juros. “Com a debilidade fiscal restringindo os investimentos do governo e a desaceleração sincronizada do comércio mundial, restam os estímulos monetários [cortes de juros] para impulsionar a atividade”, acrescentou.

Foto: divulgação banco central

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