O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no Japão, preferir neste momento que o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fique no Brasil para “pacificar o partido”. O presidente já afirmou que pretende indicar o filho para a embaixada do Brasil em Washington, mas até hoje não enviou ao Senado o pedido. Indagado sobre a indicação de Eduardo para líder do partido na Câmara, o presidente respondeu:
“No meu entender, (o melhor é) ele ficar lá, no Brasil, até para pacificar o partido ali e ver o que pode catar de caco, pode assim dizer, porque teve gente ali que foi para o excesso. É igual um casal: chega um ponto de um limite de um problema que não tem mais retorno por parte de alguns”, disse em um restaurante na capital do Japão, após o café da manhã.
Bolsonaro ressaltou que Eduardo vai precisar decidir se quer ficar no Brasil ou ser indicado a embaixador em Washington. “Obviamente, isso o Eduardo vai ter de decidir nos próximos dias, talvez antes de eu voltar ao Brasil, se ele quer ter seu nome submetido ao Senado para a embaixada ou não. Porque agora, se ele firmar, no meu entendimento, não vou interferir na vida dele, que ele é maior de idade”.
Em meio à disputa pela liderança do PSL na Câmara, Bolsonaro disse que vai falar com deputados sobre sua experiência de 28 anos de vida parlamentar: “Eles embarcaram numa canoa fantasma, aceitando promessas de ‘te dou a lua’. Isso serve para casal jovem, não para político com mandato de deputado federal”.
O presidente afirmou ainda que não abre mão de uma auditoria no PSL, “porque se der problema, quem vai ser o responsabilizado?”. Apesar disso, Bolsonaro disse que ninguém vai vê-lo “jogando lenha na fogueira”, e que não vai entrar nessa briga de “meu grupo contra o deles”, referindo-se ao racha no partido.
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, acaba de protocolar em nome dos deputados do PSL que estão do lado de Bolsonaro uma nova lista com 29 assinaturas válidas para substituir o atual líder do PSL pelo Eduardo Bolsonaro. Para conseguir esse número, os deputados Coronel Chrisóstomo, Marcelo Brum, Daniel Freitas e Enéas Reis deixaram a ala comandada por Luciano Bivar e passaram para o lado de Bolsonaro (Veja aqui)
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