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EM SETEMBRO, INFLAÇÃO NA RM SALVADOR ACELERA PARA 0,14%

Redação - 09/10/2019 11:09

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,14% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O resultado mostrou aceleração em relação ao índice de agosto (0,04%), mas ficou abaixo do apurado em setembro de 2018 (0,35%). A inflação de setembro na RM Salvador ficou bem acima da média nacional (-0,04%) e foi a terceira mais alta dentre as 16 áreas investigadas pelo IBGE, abaixo apenas dos índices registrados em Goiânia/GO (0,41%) e Rio Branco/AC (0,30%). Dez áreas tiveram deflação em setembro. Os menores índices foram os registrados em São Luís/MA (-0,22%), Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (-0,18%) e Brasília/DF (-0,17%).

Com o resultado do mês, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 2,32% no ano de 2019, mostrando a segunda aceleração seguida (havia ficado em 2,17% em agosto), mas ainda se mantendo abaixo do verificado no país como um todo (2,49%). A inflação acumulada neste ano, na RMS, segue mais baixa também do que do mesmo período de 2018 (3,30%). Já no acumulado nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação na RM Salvador desacelerou, indo a 3,05% (havia ficado em 3,27% em agosto). Está maior, porém, que a média nacional (2,89%). A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, acumulado no ano e nos 12 meses encerrados em setembro de 2019.

Para o professor da Faculdade Fipecafi, George Sales, a previsão é de que o IPCA de setembro fique na média de 0,05%, menor que os 0,11% registrados no mês de agosto. “A população desocupada do país teve redução, mas ainda continua bastante elevado o número de brasileiros desempregados. Por isso, acredito que fatores como estes continuam influenciando a queda de consumo, o que, consequentemente, impactou a redução de atividade econômica acumulada”, explica.

De acordo com a análise do especialista, a previsão anual do índice é de que fique em 3,42%, sendo que a estimativa era de 3,43%. “Considerando os números anteriores seria uma queda de apenas 00,1%. Já a estimativa para a taxa básica de juros, a taxa Selic, continua referência em 4,75%”, diz. Para o professor, as cestas de consumo utilizadas pelo IPCA refletem muito nas pessoas que ganham entre um e 40 salários mínimos. Portanto, o seu aumento pode impactar no poder de compra do trabalhador até que chegue a sua>Na análise de Sales, as variações de preços nas categorias, como saúde, alimentação e transportes, afetam diretamente o resultado do índice. De acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, em 2018, as famílias tiveram a maioria de seus gastos mensais nos mesmos itens que influenciam diretamente nos resultados do IPCA. (Veja aqui)

Foto: divulgação

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