Contexto internacional favorável e expectativa de estabilização do mercado interno podem aumentar tendências de emissão de vistos para investidores e imigração de empresários. Segmentos que já tem sucesso em exportação, como café e sucos, podem ser porta de entrada. A Lei de Liberdade Econômica vai aquecer o movimento de brasileiros que vão ao exterior para abrir ou expandir seus empreendimentos. A avaliação é do instituto de negócios Global Business INSTITUTE (GBI), com experiência no auxílio a empresários do Brasil que buscam essa internacionalização nos EUA.
“Existe uma expectativa de melhora do mercado interno no país e isso mexe diretamente com o desejo de quem empreende. Trabalhamos com muitos empresários que esperam o cenário brasileiro se estabilizar para começar a trazer seu capital para os EUA em busca de novos horizontes”, destrincha o CEO do GBI, Manoel Suhet. A previsão do governo federal com a nova lei é que 3,7 milhões de empregos sejam gerados e que o empreendedorismo seja fomentado para fazer a economia crescer em 7% nos próximos 10 anos. Neste cenário favorável, o movimento de abrir negócios no exterior seria diretamente impactado. “No momento atual, já existe tendência de mais emissões de vistos para investidores, o EB-5, e de processos de imigração emitidos para brasileiros. Se houver uma conjuntura melhor, certamente isso evolui”, complementa Suhet.
Em 2018, foram emitidos 4.300 vistos de imigração para cidadãos do Brasil, muitos para empreendedores – um aumento de 74% em relação a 2015, quando houve 2.478 vistos concedidos, segundo o Departamento de Estado americano. Também entre 2015 e 2018, o Brasil subiu posições para ficar em sexto no ranking de países com maior número de participantes de programa EB-5. Foram 388 vistos deste tipo emitidos a brasileiros – um aumento de 41,2% em comparação a 2015, de acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, na sigla em inglês).