Há 20 anos como militante do Democratas, o secretário municipal de Saúde (SMS), Leo Prates, está prestes a mudar de partido para viabilizar uma candidatura à prefeitura de Salvador em 2020. Nos bastidores, Prates tem dito que trabalha para ser o candidato ao Palácio Thomé de Souza com apoio de ACM Neto (DEM), mas especula-se que pode integrar a chapa de Bruno Reis (DEM) como postulante a vice-prefeito. O titular da SMS costura uma filiação ao PDT, sigla do ex-ministro Ciro Gomes. Na semana passada, Prates se reuniu com o ex-ministro e tratou do assunto. No entanto, só em janeiro do próximo ano é que deve se sacramentar a ida do secretário para a sigla pedetista. Uma reunião entre o prefeito ACM Neto, Ciro Gomes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ainda deve acontecer para confirmar ou não a filiação. Na semana passada, o prefeito falou sobre a possível ida do aliado para um partido que hoje integra a base do governador Rui Costa (PT).
“Leo é um dos caras mais próximos a mim. Nós estamos juntos há mais de vinte anos na vida pública desde que comecei. É claro que Leo tem na sua atuação uma marca muito clara de fidelidade e correção. Qualquer decisão política que ele tome lá na frente será conversada e ajustada conosco. Não tenho nenhuma preocupação e acho positivo que ele converse com todo mundo, que ele amplie o leque de diálogo com outros partidos. Não vejo nenhum problema nisso”, declarou.
Neto disse que a “tendência” é que seu candidato seja do DEM, mas não descartou a hipótese de apoiar um nome de outro partido na corrida eleitoral. Isto abriria a possibilidade de Prates ser postulante pelo PDT com apoio de ACM Neto. “A tendência é que o meu candidato seja pelo DEM, mas isso não exclui a possibilidade de conversar com outros partidos”, afirmou o prefeito. Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Júnior abriu as portas da legenda para o secretário de Saúde, mas avisou. “Leo Prates é um bom nome. É um nome que a gente está conversando. E vou continuar. Agora, a disposição dele tem que ser de ser candidato a prefeito. Se for para ser vice, aí não tem. Quem lança vice, não lança nada. Se quiser se lançar a prefeito no PDT, é uma possibilidade”, disse à Tribuna no mês passado.
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