O presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), defendeu o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, da suspeita de crime eleitoral nas eleições de 2018. Indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público, o ministro é investigado pelo suposto uso de candidaturas-laranja de mulheres em Minas Gerais.
Em conversa com o blog de Andreia Sadi, no G1, nesta segunda-feira (7), Bivar disse que há uma “seletividade” do delegado da Polícia Federal por ter indiciado o colega de partido, sem “intimar” nenhum outro partido. “Não há fato concreto contra o Marcelo. O delegado precisa ter bom senso. Se não, é atropelado pela força da paixão”, afirmou o presidente do PSL.
Perguntado qual seria essa “paixão” do delegado, Bivar respondeu: “É da natureza humana tomar partido. O indiciamento de Marcelo está mais para inépcia do delegado. Como atinge um partido só? Como Marcelo vai sair com essa cortina de fumaça?”, defendeu.
Na opinião de Bivar, a Câmara dos Deputados precisa “atacar a obrigatoriedade de gênero” para evitar irregularidades como as investigadas pela PF nas próximas eleições. Hoje, o Tribunal Superior Eleitoral estipula que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.
“As pessoas têm medo de falar, eu também me incluo nessa, porque achamos que vai parecer que somos contra as mulheres. Mas não é isso, precisa explicar: se você perguntar se tem mulher para sair candidata em tudo, não tem. A mulher não quer ser candidata. Vai buscar e não vai achar, e vai ter uma situação díspar. O partido vai colocar o que der para obedecer a regra. Por isso, precisamos mudar a cota feminina”, defendeu o presidente do PSL.
Foto: Luis Macedo/Agência Câmara