Novo procurador-geral da República, Augusto Aras afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole, que sua indicação quebra com o corporativismo que estava instalado no Ministério Público. Ele foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro fora da eleição paralela dos procuradores da lista tríplice. “Somos procuradores e o corporativismo nesses 16 anos [de lista tríplica] contraria isso. Essa violação existe na quebra da isonomia. A voracidade do corporativismo de alguns é imensa. Temos mais de mil procuradores e isso não permite que todos participamos de eventos importante, gozando de diárias, tenha a vida plena funcional que deve ser guiada pelo mérito funcional. O corporativismo afasta o mérito para prestigiar fisiologismo, promover clientelismo, caindo na armadilha do toma-lá-dá-cá. Era preciso ter essa disruptura do MP”, avaliou. Para Aras, o MP não pode estar submetido ao mesmo sistema do Legislativo. “Lá tem uma renovação de dois em dois anos. Com isso, uma oxigenação. No Ministério Público isso não acontece”, ressaltou.
Foto : José Cruz/Agencia Brasil