Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além da quase inexistência de casas-abrigo na Bahia, o estado também tem poucos municípios com Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM). Em 2018, elas estavam em apenas 15 cidades, o que equivalia a 3,6% das 417 existentes. O percentual é o quarto mais baixo do país, superando apenas os verificados em Alagoas, onde 2 de 102 municípios tinham DEAM (2,0%), Rio Grande do Norte (2,4%, ou 4 de 167 tinham DEAM) e Piauí (3,1%, ou 7 de 224 municípios tinham DEAM).
No Brasil, 8,3% dos 5.570 municípios tinham delegacias especializadas no atendimento a mulheres em 2018 (460 em números absolutos). A existência de DEAMs aumentava conforme o porte da cidade, e elas estavam presentes em 43 dos 46 maiores municípios (com mais de 500 mil habitantes). Na Bahia, dos 17 municípios com mais de 100 mil habitantes, 4 informaram não ter essa delegacia especializada: Lauro de Freitas, Simões Filho, Eunápolis e Santo Antônio de Jesus.
Além das DEAMs, 90 municípios baianos informaram oferecer algum dos demais serviços especializados para enfrentamento da violência contra a mulher investigados na MUNIC, o que representava 21,9% dos 417, ou 1 em cada 5 cidades do estado. Esse percentual estava ligeiramente acima da média nacional: no Brasil, 20,9% dos municípios ofereciam algum serviço dessa natureza.
Os serviços especializados de enfrentamento à violência contra mulheres mais frequentes na Bahia eram os Serviços Especializados de Atendimento à Violência Sexual, presentes em 40 municípios do estado (9,6%). Em seguida vinham os Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM)/Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM)/Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência (NIAM), que existiam em 38 municípios baianos (9,1%).
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