Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pressionado pelo oitavo aumento consecutivo da energia elétrica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro ficou em 0,09%, próximo ao registrado em agosto (0,08%). Com o resultado, a prévia da inflação acumula alta de 2,60% no ano e de 3,22% em 12 meses, segundo os resultados divulgados hoje pelo IBGE. O grupo habitação respondeu pela maior variação de preços, de 0,76% e, também, pelo maior impacto no resultado do mês (0,12 p.p), influenciado pela alta de 2,31% na energia elétrica. A bandeira tarifária vermelha patamar 1 adicionou R$ 4,00 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Com o aumento, a energia elétrica já acumula alta de 11,55% de fevereiro a setembro.
Em razão da entrada das coleções de primavera, o grupo vestuário também pressionou a inflação, voltando a crescer 0,58% em setembro após cair 0,07% em agosto. Já os preços do grupo transportes subiram 0,09%, vindo de uma queda de 0,78% em agosto. O resultado foi influenciado, principalmente, pela alta de 0,35% dos combustíveis. Os preços do etanol, do gás veicular e do óleo diesel subiram, respectivamente, 2,15%, 0,96% e 0,58%, enquanto a gasolina teve recuo menos intenso, de -0,06%. Na direção contrária dos demais grupos, os preços de alimentos e bebidas tiveram deflação de 0,34%, puxando o IPCA-15 para baixo pelo segundo mês seguido. O maior impacto individual negativo veio do tomate (-24,83%). Também contribuíram as reduções nos preços da cenoura (-16,11%), hortaliças e verduras (-6,66%), frutas (-0,93%) e carnes (-0,38%).
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