As empresas com operações no Brasil atribuem alta relevância a riscos de incêndio para suas operações, mas é pequeno o número das companhias que já conta com sistemas mais avançados de combate às chamas em suas instalações. Os dados constam de pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos junto a empresas multinacionais e de capital nacional com mais de 250 funcionários a pedido do Instituto Sprinkler Brasil, entidade sem fins lucrativos que trabalha para disseminar a cultura de sistemas de prevenção e combate a incêndios no ambiente empresarial. Foram realizadas 300 entrevistas telefônicas com o responsável ou que participa diretamente na tomada de decisão de investimentos de sistemas prediais das empresas entre os dias 01 e 28 de maio com margem de erro de 5,7 p.p. em todas as regiões do Brasil.
Os dados do levantamento mostram que 77% das empresas consideram muito importante o risco de incêndio para seus negócios e que 82% dizem ter clareza do impacto que este tipo de ocorrência pode gerar para suas operações. A pesquisa mostra ainda que 85% das companhias dizem levar em consideração as condições de prevenção a incêndio na hora de contratar um espaço (prédio ou galpão) para abrir unidades de produção ou distribuição.
O discurso, entretanto, não bate com a prática. O levantamento mostrou que das 300 empresas entrevistadas pelo Ipsos, apenas 36% contam com sprinklers (chuveirinhos automáticos para combate às chamas) em suas instalações. O levantamento mostrou que apenas 14% das empresas entrevistadas dizem contar com sistema deste tipo em todas as suas unidades e 22% declararam contar com o sistema em apenas algumas unidades operacionais. O levantamento mostrou que o uso de sprinklers é maior entre as multinacionais. 48% das empresas estrangeiras, com operações no país, ouvidas pelo levantamento, disseram ter sprinklers em suas operações. Entre as empresas nacionais, o índice é de 34%. O porte também influi na decisão. O índice de uso sprinklers em empresas com mais de 500 funcionários é de 45%. Entre empresas menores, com 250 a 499 funcionários, o percentual é de 28%.
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