No campo das obras rodoviárias, as mudanças tecnológicas já chegaram e podem pegar muitos empreiteiros no contrapé. A recente mudança na norma de dimensionamento do pavimento asfáltico por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) exigirá das empresas investimentos em equipamentos, ensaios de materiais e qualificação dos profissionais. Esta foi a mensagem de Agnaldo Sergio Banin Agostinho, membro do comitê Técnico de Pavimentação da Abeda (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos), durante o seminário Obras de Rodovias, realizado na Paving Expo & Conference.
Segundo ele, a mudança deverá contribuir para a melhoria da qualidade e da durabilidade do asfalto, mas causa impacto em toda a cadeia, que precisará empreender esforços e recursos a fim de atender as novas exigências. Segundo Patricia Herrera, gerente geral da subsidiária Moba do Brasil, o não investimento em tecnologia gera um custo oculto em forma de retrabalho e desperdícios e o mercado brasileiro preciso mudar urgentemente sob pena de perder mercado ou até mesmo risco de sobrevivência. “Outras empresas de fora estão chegando e introduzindo essas tecnologias”. Herrera destacou que é comum às construtoras brasileiras não terem uma estratégia definida de assimilação da tecnologia.
Experiente no assunto, com diversos cases de implantação tecnológica em seu currículo, Herrera recomenda a criação de um plano para guiar o processo de transformação da empresa por etapas, a partir dos sistemas mais simples e funcionais, a fim de reduzir resistências ao longo do tempo reduzido as dificuldades comuns que surgem nos processos de mudanças. Ronaldo Bitello, consultor técnico em tecnologia, abordou o tema Inovação em eliminação de fissuras e reforço de pavimentos e alto desempenho, demonstrando as novas possibilidades tecnológicas que podem ser empregadas nesta área.