Os 380 vigilantes que prestam serviços à Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram continuar com a paralisação por tempo indeterminado até que seja resolvido o impasse em relação à dívida que a instituição de ensino tem com a empresa terceirizada MAP. A decisão dos vigilantes ocorreu em assembleia realizada no início da manhã desta quinta-feira (29), na frente da Reitoria, no bairro do Canela.
A Ufba anunciou no final da tarde de quarta-feira (28) que realizou um pagamento de R$ 2 milhões para quitar parte da dívida de R$ 15 milhões referentes a 12 meses de atrasos nos pagamentos. No entanto, a MAP informou que recebeu uma ordem de pagamento de apenas R$ 678.890, que equivale a 4% da dívida total. A quitação parcial ocorreu um dia após o anúncio da paralisação por tempo indeterminado dos trabalhadores terceirizados que atuam na segurança da Ufba.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes (Sindvigilantes), José Boaventura, afirmou que a decisão final da categoria sairá somente após a reunião entre a MAP e a Ufba, que acontece no final da manhã desta quinta. Com os problemas do pagamento, a MAP deu entrada no rito processual para suspensão das atividades no dia 16 de agosto.
Segundo Boaventura, mesmo com o prazo final documentado pela MAP para encerramento do contrato de licitação, os vigilantes pediram a prorrogação em mais uma semana para que haja a possibilidade de uma negociação entre as partes. “Eles não responderam o nosso pedido, mas também não disseram que não acatariam. O que nos move é a questão do emprego. Essa informação da Ufba ter feito um pagamento nos alenta, mas não consegue nos motivar a encerrar o movimento porque a empresa não desfez e nem se manifestou sobre a proposta de suspensão. Vamos defender aqui a manutenção da greve”, garantiu.