A cada 100 imóveis vendidos na Bahia, 26 são adquiridos por meio de carta de crédito de consórcios imobiliários. Os números, da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio – Abac (dezembro de 2018), mostram que o estado está acima da média do Brasil, com 24,1% dos imóveis vendidos por meio desta modalidade, e do Nordeste, com 18,8%. Ou seja, na Bahia, cada vez mais pessoas optam por realizar o desejo da casa própria, ou do segundo imóvel, por meio do consórcio – ainda que o ‘sonho’ demore às vezes até 180 meses para ser realizado. Afinal, consórcio depende de sorteio ou de bala na agulha financeira para dar um lance generoso e sair na frente.
O consórcio é uma modalidade de negócio criada há 25 anos no Brasil e hoje já é bastante popular no país, principalmente para aquisição de veículos. Mas na modalidade imobiliária tem crescido. De acordo com a Abac, o sistema de consórcios encerrou o primeiro semestre deste ano com aumento de 14,75% nas vendas de novas cotas, comparado ao mesmo período ano passado. Um negócio que atingiu o patamar de R$ 61 bilhões de janeiro a junho de 2019. Ainda não há dados comparativos por estado, mas a previsão é a de manter-se ascendente, diz Rodrigo Freire, presidente regional da Abac para o Nordeste.
“No Nordeste, a Bahia é onde mais cresce o número de consorciados. As maiores administradoras estão aí. Eu credito este crescimento à maior informação da população sobre consórcios e às vantagens: não paga juros, é mais em conta do que um financiamento tradicional e um instrumento de programação financeira”, diz Freire. Em um exemplo prático, um imóvel de R$ 100 mil, em um financiamento tradicional, a depender do número de meses acordado, pode chegar a custar de R$ 200 mil a R$ 250 mil no final. Em um consórcio, o custo total desce para R$ 125 mil a R$ 150 mil, segundo cálculos feitos pela Abac.