Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,898 bilhão em julho deste ano, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC). Com isso, foi registrada uma alta de 9,6% frente ao mesmo período de 2018, quando as despesas lá fora somaram US$ 1,731 bilhão. Também foi o maior valor para de julho, tradicional mês de férias escolares, desde 2014 (US$ 2,408 bilhões), ou seja, em cinco anos. Nos sete primeiros meses deste ano, porém, as despesas de brasileiros em outros países somaram US$ 10,705 bilhões, com queda frente ao mesmo período do ano passado (US$ 11,304 bilhões).
A alta dos gastos de brasileiros lá fora aconteceu em um momento de queda do dólar. Em julho, a moeda norte-americana registrou queda de 0,6% e terminou o mês em US$ 3,81. Nos sete primeiros meses de 2019, foi registrada uma queda de 1,5% no preço do dólar. Com a queda do dólar, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais baratas. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira. O papel moeda também fica mais em conta.
Além da taxa de câmbio, o nível de atividade, que tem impacto no emprego e na renda do brasileiro, também é outro fator que influencia o nível de gastos no exterior. Neste ano, a economia do país segue crescendo, embora em ritmo ainda fraco. A previsão dos economistas para 2019 é de uma alta de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB). Em julho deste ano, informou o Banco Central, os estrangeiros gastaram US$ 598 milhões no Brasil, com aumento frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2018 (US$ 417 milhões).
Já nos sete primeiros meses de 2019, informou a instituição, as despesas de estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 3,674 bilhões, contra US$ 3,658 bilhões no mesmo período do ano passado. Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.