O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse nesta segunda-feira (12) que a instituição da CP (contribuição sobre pagamentos), imposto parecido com a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), ampliaria a base tributária brasileira em 30%.
“Isso quer dizer que 30% do PIB que hoje está na economia subterrânea, sonegação e na economia informal seriam incorporados”, declarou. Segundo o G1, a CP seria aplicada para compensar a desoneração da folha de pagamentos das empresas, que aconteceria de forma gradual até zerar em aproximadamente dois anos.
Cintra disse que esse é o pilar “mais incompreendido, mais satanizado pela sociedade brasileira” do tripé que sustentará a reforma tributária que será apresentada pelo governo. Esse tripé abrange, além da desoneração da folha de pagamentos, a mudança no cálculo do imposto de renda das pessoas físicas e jurídicas e a criação de um imposto para reunir tributos federais como PIS, Cofins e o IOF (o imposto sobre valores agregados, ou IVA).
Cintra disse ainda que a desoneração da folha é necessária porque essa é uma base tributária que está desaparecendo em meio à transformação dos modelos de contrato de trabalho, e que ela seria essencial para que o governo consiga implantar o IVA.