Em seu primeiro relatório de produção trimestral, a Petrobras informou que o total produzido de petróleo no Brasil no segundo trimestre chegou a 2,052 milhões de barris por dia, uma queda de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o recuo chega a 3%. Na quinta-feira, o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, informou que a petroleira vendeu US$ 15 bilhões em ativos até julho, acrescentando que há “muito mais” por vir.
Ao incluir o gás , a produção no Brasil soma 2,553 milhões de barris de óleo equivalente, queda de 0,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado e redução de 2,6% em relação aos primeiros seis meses de 2018. A redução foi puxada pelo menor volume de óleo extraído de petróleo em terra, águas rasas, em campos do pós-sal (aguas profundas e ultraprofundas).
Apenas o pré-sal registrou aumento: na comparação semestral, a alta foi de 12,7%. Assim, o pré-sal já responde por 57% do total produzido pela estatal. Segundo a estatal, a redução ocorreu por conta da venda de ativos e as paradas programadas, além do declínio natural dos campos na Bacia de Campos. Se levar em conta a produção no exterior de petróleo e gás, a Petrobras somou produção total de 2,633 milhões de barris por dia, queda de 1% em relação ao segundo trimestre do ano passado e recuo de 3,1% na comparação semestral.
Dentro desse valor, a projeção é que apenas de petróleo sejam produzidos 2,1 milhões de barris por dia, também com variação de 2,5% para mais ou para menos. Nova política para o gás: vai estimular competição e abre caminho para queda de preços, dizem especialistas. “A meta revisada é suportada pela resolução dos problemas de comissionamento das plantas de gás nas plataformas de Búzios, que já resultaram em melhora operacional em julho, com a produção média retornando ao patamar de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia, e pelo replanejamento da eficiência operacional e do cronograma de entrada de novos poços em Búzios, tomando por base os resultados até então obtidos”, explicou a estatal em nota.