Devido à pressão de representantes da construção civil sobre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo adiou o anúncio da liberação dos saques do FGTS, previsto para ontem (18). Grandes empresários foram falar diretamente com Bolsonaro, fora da agenda, no Palácio do Planalto, segundo a Folha. O presidente recebeu Rubens Menin, dono da MRV, e Ricardo Valadares Gontijo, presidente-executivo da Direcional Engenharia.
Eles disseram que, em 2017, quando o ex-presidente Michel Temer (MDB) liberou R$ 44 bilhões em saques de FGTS e PIS/Pasep, a construção foi muito afetada. Segundo os empresários, em um momento de estagnação econômica como o atual, uma nova onda de retiradas agravaria ainda mais a situação no médio e longo prazo. Já o presidente da Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), José Carlos Martins, ligou para Onyx e reclamou que o setor não tinha sido consultado pelo Ministério da Economia sobre as mudanças, que, para eles, poderão agravar ainda mais a situação financeira das empresas do ramo.