Seis a cada dez brasileiros usaram o crédito em fevereiro para comprar, por impulso, produtos que não eram essenciais e cuja aquisição poderia comprometer o orçamento, diz pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A maioria dos produtos adquiridos por quem fez compras não planejadas foi roupas, calçados e acessórios, que responderam por 19%. Em segundo vieram as compras no supermercado (17%), além de perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%). “O consumidor está andando no limite. O crédito fácil leva à compra impulsiva”, diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Ela critica especificamente a decisão de jogar compras do supermercado no crédito. “É um gasto recorrente. Quando você usa o crédito fácil para essas compras do dia a dia, se tiver um imprevisto, pode se enrolar”. Os dados foram coletados em pesquisa pela internet. Entre 8 e 22 de março. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.