Segundo dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, quatro apresentaram altas em junho, na Região Metropolitana de Salvador: Saúde e cuidados pessoais (0,89%), Despesas pessoais (0,43%), Transportes (0,38%) e Educação (0,24%). Com o maior aumento médio, os gastos com saúde (0,89%) exerceram a principal pressão inflacionária no mês, sob influência maior do produtos e serviços relacionados aos cuidados pessoais (1,78%), mas com alta também nos serviços de saúde (0,44%). As altas de itens como perfume (2,02%) e plano de saúde (0,74%) foram as mais importantes nesse grande grupo de despesas.
Com a terceira maior alta e a segunda maior contribuição para o IPCA de junho na RMS, os gastos com Transportes (0,38%) foram fortemente pressionados pelo aumento das passagens aéreas (25,64%). Além de terem registrado a maior inflação do mês na RM Salvador, as passagens de avião foram o item que, individualmente mais puxou para cima o IPCA do mês. Por outro lado, dentre os cinco grupos de despesas em queda em junho, Alimentação e bebidas (-0,43%) e Habitação (-0,43%) foram os que mais contribuíram para a desaceleração da inflação na RM Salvador. A deflação dos alimentos foi a segunda registrada neste ano e teve maior influência dos produtos consumidos em casa (-0,60%), com recuos importantes em itens como tomate (-15,01%), feijão-carioca (-11,77%), ovo de galinha (-9,44%) e leite em pó (-2,81%).
Apesar disso, alguns produtos do dia a dia ainda estiveram entre as maiores pressões inflacionárias do mês, como a cebola (17,89%) e o frango em pedaços (4,77%). Dentre os gastos com habitação, o recuo da energia elétrica (-4,18%) foi o mais importante. Foi também o item que, individualmente, mais contribuiu para conter a inflação de junho na RM Salvador. Isto se deveu, sobretudo, à vigência da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional para o consumidor.